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Noites mal dormidas: a ameaça à saúde que ataca em silêncio
Há Por Anônimo as 17:29 - 30/03/2021 Beleza
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Privação do sono pode trazer consequências graves à sua saúde, que vão de cansaço e dificuldade de concentração a doenças psiquiátricas e problemas cardiovasculares
Sabe aquelas noites mal dormidas, em que você pregou o olho por duas ou três horas – às vezes menos – devido ao choro do bebê? Elas podem ter consequências pesadas para a sua saúde e, como consequência, também à do pequeno. De dificuldade de memorização memória, alterações de humor a doenças psiquiátricas, como a depressão, a privação do sono pode se transformar num problema maior do que apenas o cansaço do dia seguinte.
Ligado a eventos fisiológicos e bioquímicos do organismo, o sono é controlado por áreas do cérebro. Ele é dividido em quatro fases, que variam em forma de ciclos. As duas primeiras são chamadas de sono leve; a terceira, sono profundo – quando os músculos relaxam completamente e o corpo fica menos sensível a barulhos, movimentos e demais estímulos externos – e é a responsável pela reparação corporal, quando o corpo tenta recuperar pequenas lesões ocorridas durante o dia.
A quarta fase é a conhecida como sono REM. Ela começa 90 minutos depois de adormecer e dura cerca de dez minutos. É quando os olhos se movimentam de forma muito rápida (REM vem de Rapid Eyes Movement, ou movimento rápido dos olhos), o batimento cardíaco aumenta e os sonhos acontecem. É também nesta fase que o sonambulismo, distúrbio do sono que faz com que a pessoa possa até se levantar e andar pela casa sem acordar, costuma acontecer. Todas essas fases do sono precisam ser respeitadas. A saúde física, mental e emocional depende de que elas se desenvolvam em sua plenitude.
Fadiga, baixa imunidade e pressão alta
Entre os resultados de noites mal dormidas ou poucas horas de sono estão o cansaço e a fadiga, já que o corpo recupera energias gastas no dia anterior nas fases de sono mais profundas.
Uma vez que o cérebro consolida memórias e renova o desempenho cognitivo durante o sono, noites interrompidas ou passadas em claro podem afetar a capacidade de lembrar ou memorizar fatos. Isso afeta também a concentração, a atenção e o desempenho de funções desde as mais corriqueiras às mais complexas.
A imunidade do organismo também é afetada por uma sequência de noites mal dormidas. Essa rotina prejudica a produção de células de defesa do corpo humano e torna o sistema imunológico mais fraco e menos eficaz na luta contra infecções.
Instabilidade emocional, irritação e melancolia são quadros normais em pessoas que dormem pouco ou perdem a qualidade do sono por interrupções seguidas durante a noite. Quando a quantidade menor de sono se torna crônica, a pessoa passa a ter mais disposição para sofrer, por exemplo, de depressão e ansiedade.
É a relação adequada entre vigília – o período em que se está acordado – e sono que regulariza a produção de hormônios. Se essa equação é desequilibrada, a melatonina ou hormônio do crescimento, a adrenalina e o THS, ligados diretamente ao sono adequado, podem ser produzidos sem a precisão necessária, e as causas podem ser dificuldades para o ganho de massa muscular, cansaço exagerado e alterações na tireoide. Em crianças e adolescentes, pode afetar também o processo de crescimento.
A pressão alta pode surgir em pessoas que dormem menos de seis horas por noite, já que é durante o sono que se registra o período de descanso do sistema cardiovascular. O momento reduz a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos. Sono de menos pode aumentar ainda o risco de doenças cardiovasculares, como o AVC e o infarto.
Portanto, não se descuide do seu sono. Sua saúde é fundamental também para cuidar dos filhos. Cansada, com dificuldades de concentração e irritada, a atenção dada aos pequenos será prejudicada, com resultados negativos para você e para as crianças. Procure estabelecer uma rotina que ofereça a você e a seus filhos uma noite completa de sono. Peça ajuda de quem está mais próximo para divider as tarefas no “plantão noturno”. Em caso de problemas com a sua saúde ou a dos pequenos, procure um médico especialista.
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