compartilhar

Compartilhar

Alzheimer: o que é, causas, sintomas, tratamento e mais!

Por ARYANE GOUVEA as 14:53 - 4/04/2025 Melhor Idade

compartilhar

Compartilhar

Caracterizada pela deterioração cognitiva e da memória, a doença de Alzheimer ocorre quando o processamento de proteínas no sistema nervoso central falha, gerando fragmentos tóxicos de proteínas mal cortadas dentro dos neurônios e nos espaços entre eles.

Por ser uma condição neurodegenerativa progressiva, ao longo prazo, ela compromete a qualidade de vida, afetando as atividades diárias e causando diversos sintomas neuropsiquiátricos na pessoa portadora. 

Mas o que causa o Alzheimer e quais os primeiros sinais a observar? Neste texto, vamos contar tudo o que você precisa saber sobre essa doença: o que é, suas causas, principais sintomas e as formas de tratamento mais utilizadas atualmente. Continue a leitura para conferir!

O que é Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença caracterizada pela neurodegeneração progressiva, afetando a memória, o pensamento e o comportamento, geralmente se manifestando após os 65 anos. 

A condição foi identificada pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e neurologista alemão Alois Alzheimer, após observar mudanças cerebrais em uma paciente que apresentava lapsos de memória e comportamento imprevisível.

Uma das principais características do Alzheimer é o acúmulo de proteínas anormais no cérebro, que atrapalham o funcionamento dos neurônios. Assim, há a formação de placas beta-amiloides (que funcionam como uma espécie de “sujeira pegajosa”) entre essas células, dificultando a comunicação entre elas. 

Além disso, a proteína tau, que ajuda a manter a estrutura neuronal, se emaranha dentro dos neurônios, causando danos estruturais e comprometendo suas funções. Como resultado, todas essas alterações cerebrais levam à perda progressiva de sinapses e à morte de diversos neurônios, o que pode causar uma atrofia do cérebro nas fases mais avançadas da doença.

Leia também: Alimentos bons para o cérebro

Quais as causas do Alzheimer?

Embora a causa exata do Alzheimer ainda seja um mistério, o Ministério da Saúde aponta uma forte influência genética — acúmulo de certas proteínas “tóxicas” no cérebro, como discutimos acima, considerado um fator importante no desenvolvimento da doença.

Nesse sentido, é importante destacar que diversos aspectos podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do Alzheimer, incluindo:

  1. Cansaço mental recorrente.

  2. Sedentarismo.

  3. Traumatismo craniano.

  4. Depressão.

  5. Diabetes.

  6. Hipertensão arterial.

  7. Dislipidemia (excesso de gordura no sangue).

Doença de Alzheimer: principais sintomas e sinais

A identificação precoce dos sintomas do Alzheimer é fundamental para um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz. Entre os principais sinais, destacam-se:

1. Perda de memória

Manifestando-se de forma sutil, mas progressiva, nos primeiros estágios a perda de memória é o sintoma mais conhecido do Alzheimer. Com frequência, a pessoa portadora da doença começa a ter dificuldade em recordar informações que acabou de aprender, como datas ou eventos importantes, além de repetir as mesmas perguntas ou contar as mesmas histórias várias vezes.

Leia também: É possível melhorar a memória na terceira idade?

2. Dificuldade de comunicação

Outro sinal comum da doença de Alzheimer é a dificuldade na linguagem, o que acaba tornando a comunicação um desafio para a pessoa portadora. Algumas dessas dificuldades, segundo o National Institute on Aging (agência federal estadunidense que se dedica a entender o envelhecimento), incluem:

  • Nomear objetos ou pessoas.

  • Acompanhar conversas longas.

  • Organizar as palavras de maneira lógica.

  • Manter a linha de pensamento ao falar.

  • Reter informações durante muito tempo.

  • Concluir frases, falas ou ideias.

3. Desorientação

Com a progressão do Alzheimer, a capacidade de processar informações visuais e auditivas diminui, resultando em desorientação e confusão, conforme pontua o Manual MSD. Essa dificuldade de “interpretação sensorial” pode comprometer diversas atividades cotidianas, como a condução de veículos e a realização de tarefas domésticas, por exemplo.

4. Mudanças de humor e comportamento

A doença de Alzheimer também é conhecida por causar oscilações rápidas e instáveis de humor e comportamento, fazendo com que a pessoa passe, por exemplo, de um estado de calma para tristeza ou irritabilidade sem motivo aparente.

Essas mudanças abruptas no humor são resultado direto das lesões cerebrais causadas pela doença, especialmente porque o Alzheimer prejudica regiões do cérebro responsáveis pelas emoções, como o chamado sistema límbico — conjunto de estruturas cerebrais que regula, além das emoções, o comportamento, a motivação e a memória.

5. Alterações na percepção visual

Por fim, a capacidade de interpretar corretamente o que se vê pode ser afetada em pacientes com Alzheimer, levando a distorções na visão. Isso ocorre, geralmente, devido a danos nas áreas do cérebro responsáveis pelo processamento visual, como o lobo occipital e o lobo temporal.

Como resultado, objetos estáticos podem parecer em movimento, as cores podem parecer desbotadas e a percepção de profundidade pode ser prejudicada, causando confusão devido a essas alterações na percepção visual.

Leia também: É comum “perder a visão” com a idade?

Como o Alzheimer é diagnosticado?

O diagnóstico do Alzheimer é um processo complexo que envolve algumas etapas para garantir maior precisão, muitas vezes realizado por exclusão de outras condições. 

  1. Primeiramente, os(as) profissionais de saúde realizam exames físicos detalhados para descartar outras doenças que possam causar sintomas semelhantes. Isso inclui a avaliação da saúde geral do(a) paciente, verificação de sinais vitais e análise do histórico médico.

  2. Após essa primeira etapa, o próximo passo é geralmente a realização de testes cognitivos e neurológicos, essenciais para identificar comprometimentos na memória e em outras funções cognitivas. Assim, testes como o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) podem ser aplicados pelo(a) psiquiatra geriatra para avaliar a capacidade de raciocínio, linguagem e memória da pessoa paciente.

  3. Por fim, em alguns casos, os exames de imagem também podem desempenhar um papel importante para o fechamento do diagnóstico da doença de Alzheimer. Técnicas como ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET) permitem aos médicos e médicas visualizar alterações cerebrais características da doença, como atrofia cerebral e presença de placas amiloides.

Doença de Alzheimer: formas de tratamento

As estratégias de tratamento do Alzheimer concentram-se, principalmente, no uso de medicamentos que visam retardar o avanço da doença. Conforme explica o Ministério da Saúde, os medicamentos para tal condição tem como meta manter estáveis as funções mentais, o comportamento e a capacidade de realizar as atividades do dia a dia, com o mínimo de efeitos colaterais.

Alguns medicamentos comumente prescritos por recomendação médica para o tratamento de pessoas com Alzheimer incluem:

  • Inibidores da colinesterase: aumentam e melhoram a comunicação entre as células cerebrais através do aumento de neurotransmissores. 

  • Memantina: oferece proteção às células nervosas, funcionando em um tipo distinto de receptor no cérebro.  

Além da terapia medicamentosa, outras abordagens, como fisioterapia, terapia ocupacional, terapia de reminiscência, musicoterapia e arteterapia, podem ajudar a pessoa com Alzheimer a se estimular cognitivamente e garantir mais qualidade de vida.

Dicas para prevenção do Alzheimer

A prevenção do Alzheimer pode ser fortalecida por meio de mudanças estratégicas no estilo de vida, promovendo não somente a saúde do cérebro, mas também o bem-estar geral. Alguns passos importantes incluem:

  1. Adotar uma dieta equilibrada: ter uma dieta saudável, rica em antioxidantes e vitaminas essenciais, pode reduzir o risco de declínio cognitivo.

  2. Exercícios físicos regulares: exercícios regulares, como caminhadas ou natação, melhoram a circulação sanguínea e ajudam a preservar a função cerebral. Isso porque as atividades físicas podem estimular a liberação de endorfinas, substâncias que promovem o bem-estar mental.

  3. Estimulação cognitiva: a estimulação cognitiva, por meio de atividades que aguçam o raciocínio, a memória e a atenção, pode ajudar a manter as conexões neurais ativas.

  4. Controle do estresse: manter uma vida social ativa e reduzir o estresse por meio de práticas como meditação ou yoga são estratégias que contribuem tanto para a saúde mental quanto para a emocional. 

Tire suas dúvidas sobre o Alzheimer

Agora que sabemos mais sobre a doença de Alzheimer, é natural que algumas dúvidas surjam. Para te ajudar a esclarecer, abaixo explicamos algumas dessas questões.

1. Demência e Alzheimer são a mesma coisa?

Embora frequentemente usadas como sinônimos, demência e Alzheimer não são a mesma coisa. A demência é um termo geral que engloba um conjunto de sintomas relacionados ao declínio da memória e de outras habilidades cognitivas.

Dentro desse espectro, a doença de Alzheimer é a forma mais comum, mas não a única. Outras variações podem surgir isoladamente ou em conjunto com o Alzheimer, cada uma com características próprias. 

A seguir, explicamos alguns dos principais tipos de demência:

  • Demência com Corpos de Lewy: caracterizada pelo acúmulo de proteínas anormais no cérebro, causa alucinações visuais, instabilidade motora e variações na atenção.  

  • Demência vascular: causada por danos nos vasos sanguíneos cerebrais, estando frequentemente ligada a AVCs.  

  • Demência frontotemporal: afeta os lobos frontal e temporal, impactando comportamento e linguagem antes da memória.  

2. Uma pessoa pode desenvolver Alzheimer na juventude?

Embora o Alzheimer seja comumente associado a pessoas idosas, existem, sim, casos de pessoas diagnosticadas com a doença antes dos 65 anos. Essa forma rara, conhecida como Alzheimer de início precoce, pode se manifestar até mesmo em pessoas na faixa dos 30 ou 40 anos.

3. O Alzheimer é hereditário ou não?

Como mencionamos, a hereditariedade pode desempenhar um papel importante na predisposição ao Alzheimer. Alguns estudos indicam que mutações em genes como APP, PSEN1 e PSEN2 podem estar associadas ao desenvolvimento da doença em famílias. Embora raras, essas mutações, quando presentes, podem aumentar significativamente o risco de Alzheimer.

Por outro lado, a forma mais comum da condição, que geralmente se manifesta após os 65 anos, também tem um componente genético: o gene APOE-e4, sendo o mais estudado nesse contexto. 

Pessoas que herdam uma ou duas cópias desse alelo têm maior probabilidade de desenvolver Alzheimer, contudo, é importante ressaltar que ter o alelo desse gene não garante o aparecimento da doença, somente aumenta o risco.

Leia também: Mito ou verdade? Câncer é hereditário?


Neste artigo, entendemos mais sobre o que é o Alzheimer, seus principais sintomas e sinais, além da principal forma de tratamento para a condição — a terapia medicamentosa. 

Portanto, se você ou alguém próximo foi diagnosticado com a doença, é fundamental buscar ajuda médica e seguir as orientações à risca, mantendo um acompanhamento constante. 

Nas Farmácias Nissei, contamos com uma ampla seleção de medicamentos indicados para o tratamento do Alzheimer, desde os estágios leves até os mais graves, além de diversos outros fármacos que auxiliam a tratar outras condições caracterizadas por distúrbios da função cognitiva.

Confira as opções disponíveis no site ou procure a Farmácia Nissei mais próxima de você


Comentarios (0)
Ordernar por
pesquisar
Ícone Outras histórias
u00cdcone Mais Lidas
passo anterior
Cesta
  • cesta
  • entrega
  • pagamento
Fechar