Dor de cabeça no inverno é normal, mas pode ser evitada. Saiba o que fazer

Adaptação do organismo à mudança de temperatura pode dor de cabeça no inverno. Estar bem agasalhado e evitar comidas industrializadas ajudam no cuidado preventivo.

Se suas dores de cabeça aumentaram com a chegada dos dias mais frios, não se espante. O inverno traz consigo alguns incômodos. Somadas às doenças típicas da estação, podem surgir também dores de garganta, no ouvido e as incômodas dores de cabeça. Quer saber por que?

O organismo se adapta às mudanças de temperatura. Para conter a perda de calor corporal, os vasos sanguíneos da superfície da pele se contraem. Esse movimento pode dar origem ao aumento da pressão sanguínea e, consequentemente, causar dor de cabeça. A dor pode ser ainda sintoma de algum outro problema advindo de doenças respiratórias – as típicas do inverno – e eventualmente, estar relacionada à alimentação de baixa qualidade nutricional. 

As inflamações que são mais comuns nos dias frios – sinusite, rinite, amigdalite e faringite – podem causar incômodos na garganta e no nariz. Febre baixa ou alta é também um quadro usual nesses casos, assim como a dor de cabeça, causada pelo quadro infeccioso ou inflamatório. Uma boa maneira de trabalhar para evitar o problema é tratar essas inflamações de modo preventivo. No caso da sinusite, quadro que, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), atinge até 20% da população mundial, a melhor maneira de agir preventivamente é evitar locais com poluição, fugir do cigarro, controlar bem as alergias, fazer higiene nasal diariamente e manter-se sempre bem hidratado.

A melhor maneira de evitar o incômodo é manter-se aquecido, em especial as regiões da cabeça e do colo. O corpo bem aquecido permite que o sangue circule normalmente e evita dificuldades no funcionamento adequado do organismo.

Quem tradicionalmente sofre com enxaqueca está mais sensível às dores na estação mais fria do ano.  Estudo da National Headache Foundation informa que a as mudanças climáticas respondem por crises de enxaqueca em 21% dos casos estudados. As principais causas são as alterações bruscas de temperatura e de umidade, ou ainda mudanças da pressão atmosférica. 

Se a dor de cabeça no inverno já tiver começado, um banho quente e uma sopa podem ajudar a aliviar a dor. Ainda assim, especialistas advertem que não existe tratamento específico para o problema que tem origem na mudança de temperatura. 

Mas nem tudo é dor e sofrimento: a enxaqueca pode ser tratada com medicamentos preventivos, entre elas e toxina butolínica A, aprovada apenas para o tratamento da enxaqueca crônica, neuromodulares (anticonvulsivantes), antidepressivos e betabloqueadores (empregados também no tratamento primário de hipertensão). Todos esses tratamentos só devem ser realizados com a orientação de um médico neurologista. 

Outros cuidados para evitar o problema são alimentação saudável – substâncias presentes em alimentos industrializados (pizzas, fast food, adoçantes de bebidas light e alcoólicas, e até o café – intoxicam o organismo. Fique atento também a comida muito condimentada ou apimentada, que podem causar dores de cabeça por aumentar a pressão sanguínea. 

Dê preferência a frutas cítricas – laranja, kiwi, morango – que contam com vitamina C, facilitadora da circulação sanguínea, e que aliviam a pressão na cabeça. Alimentos ricos em ômega 3, como o atum, o salmão, a sardinha e sementes de chia – diminuem a viscosidade do sangue, o que também facilita a circulação sanguínea no cérebro. Chás de erva-cidreira e camomila também reduzem a possibilidade de dor de cabeça e são relaxantes naturais. 

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