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Inversão térmica é um risco à saúde. Agir de forma preventiva é o melhor remédio

Há Por Anônimo as 18:20 - 8/07/2021 Saúde

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Fenômeno é mais comum no inverno e prende poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera. Baixa umidade e ar seco podem atacar vias aéreas e causar prejuízos até ao coração

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta: a diminuição da umidade relativa do ar somada à poluição representa um risco à saúde, sobretudo se o valor da umidade estiver abaixo dos 20%. Essa queda na umidade costuma acontecer em dias de inversão térmica, fenômeno metereológico em que uma camada de ar frio é encoberta por uma de ar quente, o que impede a dispersão dos poluentes da atmosfera. Algo que acontece com mais frequência em grandes centros urbanos industriais, e geralmente no inverno. 

O ar que ocupa os primeiros dez quilômetros da atmosfera circula em movimentos verticais. Por causa dos raios solares, a parte mãos próxima da terra é a mais quente, portanto, menos densa. Assim, esse ar quente sobe e leva embora os poluentes que estão soltos na atmosfera. 

Em paralelo, a parte superior do ar, mais densa, acaba descendo, ficando mais próxima da terra. Quando se aproxima de nós, esquenta e aí se mantém o ciclo de ar quente subindo e ar frio descendo. 

Por ser mais leve, o ar quente sobe e dissipa o ar poluído produzido na superfície. Só que a inversão térmica impede esse movimento. O que impede também a circulação do ar frio, mais denso que o quente. Com isso, ele fica preso nas regiões mais próximas da superfície e se mistura ao ar poluído, o que impede sua dissipação. 

Esse processo é muito comum no inverno, época em que as chuvas são mais raras, o que dificulta ainda mais a dispersão dos poluentes. E faz com que uma camada escura de poluição seja perceptível a olho nu nos céus de grandes cidades. 

E aí, a procura por consultórios de otorrinolaringologia aumenta, já que ficam mais evidentes e incômodos os sintomas de garganta irritada, tosse e dificuldades para respirar. O ar seco, causado pela baixa umidade e a poluição, torna a secreção nasal mais espessa. É ela que filtra os microorganismos que prejudicam a saúde. Mais grossa, seu fluxo normal é interrompido, o que deixa o organismo mais vulnerável a infecções como gripe, rinite, faringite, laringite, sinusite, otite e bronquite. 

Hidratação, vaporizantes e olho na pressão arterial

Assim, a melhor prevenção é a hidratação. Beber bastante água, pelo menos dois litros por dia, vai auxiliar a dissolver a secreção mais espessa. Lavar o nariz com soro fisiológico também é outra arma poderosa para evitar o problema. Para isso, é só colocar um pouco de soro na mão devidamente higienizada e inspirar.  Se os sintomas permanecerem, consulte um médico especialista.

Varporizantes ou umidificadores de ar, que ajudam a controlar a umidade do ar em locais fechados, também são uma boa pedida para esses dias de clima mais seco. 

Se puder, evite locais e horários em que a concentração de poluentes é maior, como por exemplo, a hora do rush nas grandes cidades. Nos engarrafamentos, há mais gases poluentes sendo jogados à atmosfera. Evite correr, caminhar, andar de bicicleta ou fazer exercícios ao ar livre perto de vias congestionadas. 

Nesses dias, o ideal, se for possível, é sair dos grandes centros e procurar locais mais distantes – o ar costuma ser menos poluído em cidades pequenas. E se você for hipertenso, saiba que a inversão térmica pode também ser prejudicial ao coração. Assim, mantenha-se bem agasalhado para que sua pressão arterial permaneça em níveis saudáveis. O ideal é monitorar e controlar a pressão nesta época do ano. Faça um check-up com orientações de um cardiologista. 

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